"...
- Saca o filme do Carlitos? Aquele da fábrica?
- Chaplin, Tempos Modernos.
- Esse mesmo... A escola é como um filme onde alunos sem voz são
ensinados a pensar em preto e branco para viver num mundo
colorido! Tudo para que a treta da fábrica continue...
- Que treta?
- A escola tá fabricando peças de reposição. Cada pecinha para o lugar
certo. Assim a grande máquina não para de funcionar... Diploma
acaba virando manual de instrução.
- Estou compreendendo...
- Tem a ver com outro filme também: O Homem Bicentenário.
- Com Robin Williams.
- Esse daí. No filme o robô quer virar humano; o que a gente vê é humano virando robô... (Falei com Da Vinci – pág.59)
- Saca o filme do Carlitos? Aquele da fábrica?
- Chaplin, Tempos Modernos.
- Esse mesmo... A escola é como um filme onde alunos sem voz são
ensinados a pensar em preto e branco para viver num mundo
colorido! Tudo para que a treta da fábrica continue...
- Que treta?
- A escola tá fabricando peças de reposição. Cada pecinha para o lugar
certo. Assim a grande máquina não para de funcionar... Diploma
acaba virando manual de instrução.
- Estou compreendendo...
- Tem a ver com outro filme também: O Homem Bicentenário.
- Com Robin Williams.
- Esse daí. No filme o robô quer virar humano; o que a gente vê é humano virando robô... (Falei com Da Vinci – pág.59)
O robô Andrew realiza uma busca por sua humanidade, da mesma forma que uma pessoa busca aceitação na sociedade em que vive. Sua condição de não envelhecer e adoecer, implicitamente remete ao sonho de imortalidade dos seres humanos, no entanto, essa imortalidade é o principal empecilho para que seja considerado humano. Deuses e seres imortais não devem possuir valores semelhantes aos humanos. A escolha pela condição humana do Robô Andrew significa a aceitação da mortalidade. Assim como os seres humanos, que morrem sem respostas cabais para as dúvidas sobre a natureza de sua própria existência, Andrew morreu sem ouvir o veredicto final sobre sua aceitação formal como ser humano.
Se no filme ‘Tempos Modernos’,
o homem se comporta de forma mecanizada, que ‘tipo’ de humanidade Andrew
buscava?!
Se robôs como Andrew, são encarados como sofisticados brinquedos tecnológicos, não seríamos nós, humanos, apenas brinquedos sociológicos? Brinquedos comandados e manipulados por regras, valores e conceitos!