Intuição como fenômeno


- Sei o que é, mas não sei qual é. Abra e descobriremos.
- Um talismã!
- Pentáculo de Phull, símbolo da inteligência intuitiva.
- Ele é bonito. Obrigado Mestre!
- Você fez por merecer... Leu a frase que está gravada?
- “O olho vê somente o que a mente está preparada para compreender.”
(Falei com Da Vinci – pág.85)


A intuição é uma faculdade que possibilita a associação de conteúdos conscientes e inconscientes, estabelecendo um fluxo espontâneo de informações que de outra forma, não seriam relacionados. A intuição, ao contrário dos instintos, possibilita reações diferentes a novas situações apresentadas ao indivíduo.

Segundo Jung, é uma função da percepção que compreende o subliminar, no capítulo X das Obras Completas, ele fala sobre o funcionamento da memória e faz uma relação com a intuição: “... automaticamente a memória costuma utilizar as fontes da associação, mas muitas vezes serve-se desta de um modo tão extraordinário, que é preciso refazer um cuidadoso exame de todo o processo de reprodução, a fim de descobrir como certas lembranças conseguiram chegar à consciência. Muitas vezes essas fontes não podem ser encontradas. Em tais casos é impossível descartar a hipótese da atividade espontânea do inconsciente. Outro exemplo é a intuição, a qual se baseia principalmente em processos inconscientes de natureza muito complexa. Por esta peculiaridade, a intuição é a ‘percepção via inconsciente...”

Pode-se dizer que a intuição é uma função autônoma, sendo impossível submetê-la ao controle da consciência. Da mesma forma, quando precisamos e não conseguimos nos recordar de alguma informação importante, basta nos distrair com qualquer outra coisa para que a informação nos surja à mente, como que por capricho do inconsciente. Assim também a intuição se processa. Tudo que podemos fazer é deixar o caminho livre para que os conteúdos ocultos “sintam-se à vontade” para vir à consciência, nos brindando com o paradoxal frescor da sua sabedoria ancestral.

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