As histórias do capitulo ‘Nas Gravações’, servem de ponte, para que possamos responder as futuras questões do texto. Nessas pequenas histórias o autor incluiu metaforicamente as angústias e aflições de todas as fases da vida, desde a infância até a fase madura, aliando aspectos da inocência infantil à profunda apreciação psicológica da velhice, congregando o princípio e o fim da existência humana. O autor faz de forma suave, bem humorada e com encantamento, cujo objetivo é puramente mítico, pois o conto de tradição oral, seja ele lenda, fábula ou parábola, encanta por alimentar o nosso imaginário. As imagens míticas desvelam em linguagem simbólica, as estruturas mentais primitivas que permanecem inibidas na psique do leitor moderno como herança arquetípica da humanidade. O tesouro de poderes imaginativos que está vivo dentro de cada leitor ressurge magicamente a partir da leitura!
Todas as histórias possuem basicamente o mesmo intuito: formar e enriquecer o “Self” do leitor através da irradiação de energias simbólicas que nutrem o pensamento inconsciente. Assim, ao chegar em “Revelações” o leitor estará aparelhado!
Alexandre Duarte