- O que isso tem a ver com ideias?!
- Quando olha para um aquário, o que vê?
- Um objeto de decoração.
- Se dentro desse objeto de decoração houver uma ideia que pensa. O que ela diria?
- Sei lá!
- Ela diria que você olha para uma prisão!
- Agora entendi... (Falei com Da Vinci – pág.21)
- Quando olha para um aquário, o que vê?
- Um objeto de decoração.
- Se dentro desse objeto de decoração houver uma ideia que pensa. O que ela diria?
- Sei lá!
- Ela diria que você olha para uma prisão!
- Agora entendi... (Falei com Da Vinci – pág.21)
Em seu livro sobre Foucault, Paul Marie Veyne, também utiliza a metáfora do aquário para nos dizer que somos prisioneiros de um aquário do qual nem percebemos as paredes.
Na introdução, ele compara Foucault a um peixe que consegue transcender o aquário em que vive. Essa figura inquieta extrapola sua própria realidade, observando os demais “peixinhos vermelhos” do lado de fora, sem, contudo, deixar de ser mais um habitante do aquário.
Nós, os contemporâneos, estamos envolvidos por discursos, presos em aquários falsamente transparentes. Somos apreendidos, classificados e tomados por verdades por nós criadas, pois cada época é dona de sua própria verdade. Vivemos em prisões transparentes, sem mesmo perceber que está prisão existe.
Em seu livro, Veyne diz que Foucault, acreditava, que este sujeito somente não poderia fazer descer do céu uma verdade absoluta nem agir soberanamente no céu destas verdades, mas poderia agir contra as verdades e realidades de sua época ou inovar sobre elas.